domingo, 27 de março de 2011

Todos nós queremos jogar

Aqui estou, alguns meses depois, pra falar sobre Jogos Mortais 7. O que foi uma das piores esperas da minha vida, valeu a pena. Hoje, finalmente conseguir assistir o desfecho dessa história, e confesso, que meus olhos brilharam.
Hoje em dia, é quase impossível ouvir falar de alguém que não conhece os Jogos Mortais. O primeiro filme, lançado em 2004 é, de longe, o mais básico (e monótono) de todos, o que é meio lógico, considerando que pode ser visto como um “teste” de público. Num total de 7 filmes, Jogos Mortais encerra sua trama com chave de ouro.
[Spoiler] Todos sabem que desde a morte de Kramer, quem assume o papel de Jigsaw é o detetive Hoffman e, nesse filme, ele busca vingança contra a viúva do falecido serial killer, Jill. A partir daí, a segunda armadilha do filme se revela como o mecanismo usado por Jigsaw para entrar na polícia e encontrar sua vítima final. [Fim do spoiler]

Falando um pouco agora sobre a estética, percebe-se que esse Hoffman é exibido, quer dizer (vou comentar isso, porque tava no trailer) colocar pessoas numa caixa no meio de uma praça pública? Seria quase uma placa de “prendam-me” em néon, se não fosse tão bem disfarçado. A maquiagem e os efeitos superaram-se mais uma vez, te dando uma aula sobre anatomia interna humana.
Achei interessante ter sido chamada a atenção para o real objetivo de John Kramer (e que não me parece ser TÃO evidente assim quando Hoffman passa a assumir as armadilhas): as pessoas que são testadas tem um motivo para estarem ali, para dar valor às suas vidas. No primeiro cenário (calma, não vou entrar em detalhes), uma garota que saía com dois caras ao mesmo tempo (sem eles saberem, lógico) é posta frente a frente com os dois, de modo que eles decidam se a salvam e salvam a um deles, ou se salvam-se ambos e deixam a piriguete morrer.
Novamente com o objetivo de fazer as pessoas repensarem sua vida e recomeçar, a segunda armadilha envolve uma gangue racista e seu líder numa sequência de eventos (e cá pra nós, que eventos, viu) em que todos já sabem os finais possíveis. Eu achei fantástico, fantástico mesmo essa armadilha, uma vez que ela mostra, literalmente, que somos todos iguais.
Agora, vamos à nossa vítima da vez. Quando o cara foi apresentado, eu fiquei tentando me lembrar onde ele apareceu nos outros filmes (habilidade bem requisitada quando se trata de Jogos Mortais), e não consegui. Isso porque ele não tinha aparecido antes. A criatura se dizia uma ex-vítima de Jigsaw e que o mestre o tinha ensinado a renascer e passa a ir a programas de TV se exibir, lança um livro e etc. Porém, John descobriu e não gostou nada disso. A armadilha mestra então, começa a se desenrolar, servindo como uma distração para o foco real do filme. As situações aqui me parecem uma releitura de algumas anteriores:
·         Armadilha do forno (JM 2)
·         Acorrentado (JM 3)
·         Armadilha do parafuso na cabeça (JM 2 [eu acho])
·         Armadilha de urso reversa (JM 1 [clássica!]
 
Jogos Mortais se provou uma franquia pra virar clássico, e o seria, se o cinema de terror não fosse tão vulgarizado assim. Aliando, uma trama psicológica (defenda sua vida) a armadilhas sangrentas e tão perfeitas que não existem, não é difícil imaginar criancinhas aos seus onze anos querendo ver Jigsaw, assim como nós ansiávamos por ver Freddy, Jason e Myers. É pra assistir ao 7º filme chorando por ser o final de toda essa história. THE GAME IS OVER.
Obs: Eu não pude comentar sobre os efeitos em 3D porque, aqui em Salvador, a censura de 18 anos estava proibindo a entrada até com acompanhantes e, por uma questão moral, eu decidi não burlar as regras e esperar pelo lançamento em DVD. Se alguém assistiu o filme em 3D, comente a sua opinião e conte como foi.

quarta-feira, 9 de março de 2011

PIRANHA - 3D








Suor, sexo e sangue. Isso é o que se lê na capa do DVD de PIRANHA. De fato, só não se vê o suor no filme por que é transparente, porque os outros dois ingredientes são beeem explícitos. O terror misturado com sexo não é lá o meu tipo preferido, mas os filmes desse gênero que utilizam animais como “seres malignos” é bem antigo.
Desde os anos 50, o medo que temos de alguns animais (até por certa ignorância), vem sendo projetado hiperbolicamente em alguns filmes. Aumentar criaturas e torna-las cinqüenta vezes maiores parecia um desafio naquela época. Alguns exemplos famosos são King Kong, Tarântula, It Came from Beneath the Sea, Mosquito, A Mosca, Tubarão, Jaws, Anaconda, Piranha (o antigo), Aracnofobia, entre outros (ver link*).
Logicamente, não podemos julgar esses filmes com os olhos de hoje em dia, lembrando que naquela época (anos 50) os filmes ainda eram em preto e branco. Lembro-me de ter dormido assistindo Tarântula uma vez.
Porém, com as novas tecnologia que surgem, filmes desse tipo, vão se tornando cada vez mais detalhados e próximos da realidade. Infelizmente, em algumas cenas, as Piranhas ficam muito digitais, tirando um pouco da graça daquela cena. Mas essa pequena falha, será compensada com um outro detalhe.
Na cena do massacre, (por favor, não considerem spoiler, uma vez que já era esperado uma cena de pânico e caos) a maquiagem dos corpos foi simplesmente perfeita! Nunca vi tantos detalhes que chegaram a encher meus olhos de lágrimas e emoção. As pernas desossadas, os olhos sendo devorados... Sublime!
O filme é relativamente curto, com uma história já conhecida, uma vez que é um remake. Os efeitos das piranhas deixam um pouco a desejar, mas é um bom passatempo de 88 minutos. Aprovado.
** Destaque para cenas de morte que não são de mordidas, como fatiamentos, escalpelamentos, e cortes por motor.